Em 2025, o Rio Grande do Sul celebra os 150 anos da imigração italiana, e na última sexta-feira (22), foi celebrado o Dia do Folclore no Brasil. A imigração trouxe muitas tradições que permanecem vivas até hoje em muitas comunidades do Estado, mas que também são compiladas por quem trabalha com a cultura.
Um personagem mítico que sem dúvidas é o mais conhecido entre os ítalo-descendentes do Sul do Brasil é o ”Sanguanel”. Um agricultor caxiense, Arielson Colombo, desde que fez sua monografia para conclusão de um curso superior, se tornou um estudioso desse mito. Ele conta como tudo começou.

Quanto às características do Sanguanel, Colombo explica que ele é um ser vermelho, e que possui variações nos contos populares a depender das localidades da Itália.
A Universidade de Caxias do Sul (UCS), sempre estudou o fenômeno imigratório e a cultura deixada pelos imigrantes italianos no Rio Grande do Sul. O historiador e professor da universidade, Anthony Beux Tessari, afirma que uma grande marca folclórica dos italianos no Estado é o canto, preservado pelos corais e outros grupos folclóricos.
Um grupo teatral conhecido em Caxias do Sul é o Miseri Coloni, que desde 1982 realiza teatro no dialeto talian, variante brasileira da língua vêneta, da Itália. Um dos fundadores do grupo, o ex-secretário municipal da Cultura, João Tonus, conta como e com qual objetivo surgiu o Miseri Coloni.

O integrante do grupo musical Girotondo, e locutor da Rádio Caxias, Ladir Brandalise, também é um mantenedor da cultura ítalo-riograndense. Seu programa na Rádio Caxias foca em músicas italianas. E por falar de música, ele explica como surgiu a paixão de cantar canções folcóricas italianas em shows e eventos culturais Estado à fora.

Além dos grupos folclóricos, a cultura da imigração italiana teve grande influência para a cultura contemporânea do Sul do Brasil, e também de algumas localidades do Sudeste.