A Polícia Federal concluiu, nesta terça-feira (19), a segunda fase da Operação Elísios, que apura o assalto à aeronave pagadora no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, ocorrido em junho de 2024.
Na ocasião, a aeronave transportava R$ 30 milhões, quando no pouso, foi abordada fortemente por homens armados que iniciaram disparos contra os vigilantes da empresa que fazia a segurança do local, subtraindo mais R$ 14 milhões.
No relatório final da segunda fase, 22 pessoas foram indiciados (além dos 17 revelados na primeira fase), por latrocínio, falsificação de símbolo, explosão, falsificação de identidade, adulteração veicular, usurpação de função pública, posse de arma de uso restrito, lavagem de dinheiro e organização criminosa com arma de fogo.
Relembre o caso
Em 19 de junho 2024, nove integrantes de uma organização criminosa, utilizando veículos falsamente caracterizados como viaturas da Polícia Federal e uniformizados como policiais, acessaram a área restrita do Aeródromo Hugo Cantergiani, rendendo funcionários na guarita. Posteriormente, abordaram, com disparos com calibre de uso restrito, uma aeronave em solo, roubando mais de R$ 14 milhões.
Durante a ação, houve confronto com a Brigada Militar (BM) e um policial morreu. O sargento Fabiano Oliveira tinha 47 anos e foi atingido por um tiro de fuzil enquanto agia para impedir o assalto.
Após 70 dias de investigação, a Polícia Federal finalizou a primeira fase da Operação Elísios com 17 pessoas indiciadas pela participação no crime, além da representação à Justiça Federal pelo sequestro de 19 contas bancárias e quatro imóveis.
Já na segunda fase, realizada em maio deste ano, a PF cumpriu 17 mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e 26 de busca e apreensão, além da determinação de bloqueio de ativos nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.