Teve início, na última terça-feira (12), o maior mapeamento aéreo já realizado no estado do Rio Grande do Sul prevendo mapeamento de áreas com objetivo de prevenir situações e problemas que possam acontecer com futuras ações ou catástrofes climáticas. A operação, coordenada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), marca a primeira vez que a tecnologia de sensoriamento com resolução de oito pontos por metro quadrado é utilizada no Brasil.
As aeronaves contratadas para a missão já estão em operação, sobrevoando áreas estratégicas para capturar imagens e dados com altíssima precisão. Essas informações serão fundamentais para o planejamento de obras de prevenção e reconstrução, sobretudo em regiões duramente atingidas pelas enchentes de maio de 2024. O levantamento cobre cerca de dois terços do território gaúcho, com foco na Região Metropolitana, Serra Gaúcha, Vale do Taquari, Vale do Caí e Região Carbonífera.
Um dos destaques da operação foi o voo inaugural de uma das aeronaves equipadas com os sensores de última geração, que decolou do Aeroclube de Garibaldi, na Serra Gaúcha. Segundo o secretário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Maneco Hassen, a escolha do local levou em conta critérios técnicos como autonomia de voo e facilidade operacional.
Em entrevista à Rádio Caxias, o secretário afirmou que as ções se tratam de “um trabalho minucioso, que permitirá uma visão praticamente real do solo, com imagens que serão alinhadas por GPS e satélite.” De acordo com Hassen, “esses dados serão essenciais para orientar os projetos de engenharia e infraestrutura nas áreas mais afetadas”.
O secretário também explicou que os dados coletados são processados semanalmente e disponibilizados gradualmente para os órgãos públicos. Segundo ele, o prazo para conclusão total do levantamento está estimado entre um ano e um ano e meio, dada a complexidade e extensão territorial envolvidas. Além de prevenir futuros desastres naturais, o secretário garantiu que o mapeamento também subsidiará projetos de reconstrução já em andamento. Segundo ele, até o momento, o governo federal já aplicou mais de R$ 112 bilhões no estado, desde o início da tragédia, incluindo obras de moradia, infraestrutura, pontes e creches.
Maneco Hassen acrescentou durante a entrevista que os trabalhos vão custar aos cofres do governo R$ 45,9 milhões. Conforme ele, o processo resultou em uma economia de 45,25% em relação ao orçamento inicialde R$ 83,9 milhões. O secretário também explicou que o Consórcio Hidro Sul será o responsável pela execução dos trabalhos. Ele finalizou a entrevista dizendo que a mobilização do governo federal e da sociedade civil reforça o esforço conjunto para reconstruir o Rio Grande do Sul com planejamento, inovação e resiliência. Para o secretário, o momento é de agir com seriedade e estratégia.
Confira aqui a entrevista completa.