Exatamente no dia 20 de maio, dia da Etnia Italiana no Rio Grande do Sul e das comemoração pelos 150 anos da Imigração Italiana em território gaúcho, os descendentes de imigrantes italianos de todo o país, que procuram seu processo de cidadania italiana, sofreram um grande golpe em relação a um sonho que pode nunca mais se tornar uma realidade.
A Câmara dos Deputados na Itália aprovou nesta terça-feira (20) o decreto-lei que limita a transmissão da cidadania italiana por direito de sangue. Com 137 votos favoráveis, 83 contrários e duas abstenções, a medida, que também já foi aprovada pelo Senado no último dia 15 de maio, agora precisa ser sancionada pelo presidente da República, Sergio Mattarella, o que deve acontecer nos próximos dias, já que o prazo limite de expiração do decreto acaba na próxima terça-feira (27).
O texto muda as regras para o reconhecimento da cidadania por descendência, que agora fica limitado principalmente a filhos e netos de italianos.
Mudanças importantes foram feitas no Senado, incluindo a extensão dos prazos para algumas solicitações, novas disposições para menores, a introdução de um requisito de residência de dois anos para filhos de cidadãos italianos e a eliminação da possibilidade de extensão de até trinta e seis meses para alguns procedimentos.