Durante o Abril Laranja, mês dedicado à conscientização contra os maus-tratos aos animais, a Soama (Sociedade de Amparo aos Animais) reforça a necessidade de repensar a forma como os tutores se relacionam com seus pets. Em pronunciamento nesta terça-feira (23), a diretora de marketing da instituição, Natasha Valenti, fez um apelo contundente à responsabilidade e ao comprometimento com o bem-estar animal.
“Antes de ter um animalzinho, pense muito. É um comprometimento para a vida toda”, afirmou Valenti, ao lembrar que o abandono, a negligência e a violência – física ou emocional – ainda fazem parte da rotina de milhares de animais no país. A diretora também destacou que maus-tratos não se limitam à agressão física: manter animais presos por correntes, gaiolas ou em espaços inadequados, além de negar cuidados básicos como abrigo, alimentação e atendimento veterinário, também configuram crueldade.
Ela chamou atenção para o comportamento egoísta de parte da população, que adota animais por impulso e, diante de qualquer dificuldade, descarta-os como objetos. “Estamos em 2025 e os problemas continuam os mesmos. Animais não são descartáveis. Eles sentem, sofrem, e o mínimo que esperam é amor, carinho e responsabilidade”, declarou.
Valenti também reforçou a importância de denunciar casos de maus-tratos e cobrar a efetivação das leis existentes. “O Brasil tem leis. O que falta é cobrar o cumprimento delas. Se ninguém denuncia, nada muda.”
Como complemento à fala, Natasha Valenti mencionou a recente determinação governamental que promete criar um sistema para ajudar na localização de animais perdidos e abandonados. No entanto, ela alertou que, até que a medida se torne efetiva e incorporada à cultura da sociedade, é fundamental agir de forma prática e imediata: “Identificar os animais é algo que podemos fazer agora. Coleira com telefone, medalhinha, chaveiro improvisado — qualquer forma de identificação pode fazer a diferença entre o reencontro e o abandono”.