Em alusão ao Dia Nacional do Autismo, comemorado em 2 de abril, a Unimed Serra Gaúcha, por meio da Casa e do Espaço Semente, destacou em entrevista para a Rádio Caxias a importância de superar o preconceito e promover a inclusão das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A coordenadora dos serviços, Rosani Graebin, explicou que as instituições atendem crianças com autismo por meio de terapias multidisciplinares, com o objetivo de garantir autonomia e participação na sociedade na vida adulta. “A inclusão, em nosso caso, é indireta, mas visa resultados a longo prazo”, afirmou.
A Unimed Serra Gaúcha já atende 150 crianças diretamente, mas o número de beneficiários com TEA chega a 700 pessoas. Rosani também falou sobre o aumento do diagnóstico precoce: “Quanto mais cedo o diagnóstico, mais eficaz a intervenção, ajudando no desenvolvimento e qualidade de vida da criança.”
Ela destacou que o autismo não é uma doença, mas uma condição que exige um olhar mais empático e acolhedor da sociedade. “Cada pessoa com autismo tem uma forma única de se comportar. Precisamos entender que a diferença é natural, e a inclusão deve ser feita com respeito e sem cobranças”, concluiu.
Apesar dos avanços, o preconceito ainda persiste, especialmente em escolas e ambientes sociais, onde as diferenças são, muitas vezes, encaradas com estranheza. O Dia Nacional do Autismo serve como um lembrete de que é necessário ir além da conscientização, promovendo a verdadeira inclusão e compreensão da condição. No site da emissora você confere um bate-papo, com perguntas e respostas, em torno do assunto com a nossa entrevistada, acesse já para conferir!
Dia Nacional do Autismo: Entenda o que ainda precisamos saber sobre o TEA
O Dia Nacional do Autismo é uma data para refletirmos sobre como ainda podemos melhorar a inclusão, oferecendo às pessoas com TEA um espaço de respeito, acolhimento e oportunidades.
O que podemos fazer para melhorar a inclusão de pessoas com autismo?
O primeiro passo é aumentar a conscientização, não apenas sobre os aspectos clínicos do autismo, mas também sobre a importância de criar ambientes mais inclusivos e empáticos. “Ao compreendermos que cada pessoa com autismo tem sua própria maneira de viver e interagir, podemos aprender a respeitar suas particularidades e oferecer oportunidades mais igualitárias”, conclui Rosani.
O que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA)?
O TEA é uma condição neurodesenvolvimental que afeta a forma como a pessoa percebe o mundo e interage com os outros. Ele pode se manifestar de maneiras diversas, com diferentes níveis de intensidade e habilidades. Importante lembrar que o autismo não é uma doença, mas uma condição que acompanha o indivíduo ao longo da vida.
Por que o diagnóstico precoce é tão importante?
Rosani Graebin, coordenadora da Casa e do Espaço Semente da Unimed Serra Gaúcha, explica que o diagnóstico precoce permite que a criança comece a receber intervenções comportamentais e terapias mais cedo, o que melhora seu desenvolvimento e qualidade de vida. “Quanto mais cedo a criança receber apoio, mais eficaz será a intervenção, ajudando-a a alcançar maior autonomia na vida adulta”, afirma Rosani.
Qual a diferença entre os níveis de suporte no autismo?
O autismo é classificado em três níveis de suporte: Nível 1, Nível 2 e Nível 3. O Nível 1 apresenta as menores demandas de suporte, enquanto o Nível 3 requer um acompanhamento mais intensivo. Cada criança possui necessidades diferentes, e os planos terapêuticos são ajustados conforme seu nível de suporte e as dificuldades individuais.
Como a Casa e o Espaço Semente auxiliam no atendimento às crianças com TEA?
Esses espaços oferecem terapias multidisciplinares, reunindo diversos profissionais, como fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais, em um único local. “O atendimento integrado permite que a equipe trabalhe em conjunto e acompanhe o desenvolvimento da criança de forma mais eficaz”, explica Rosani. Além disso, o espaço promove a intervenção comportamental baseada na Análise Comportamental Aplicada (ABA), uma metodologia reconhecida no tratamento do autismo.
O que ainda falta para a inclusão plena de pessoas com autismo na sociedade?
Apesar dos avanços, o preconceito ainda é um grande desafio. “É preciso que a sociedade compreenda que o autismo é uma condição, não uma doença. Cada pessoa tem uma forma única de se relacionar e se comportar, e é isso que devemos respeitar”, aponta Rosani. A inclusão verdadeira vai além de ajustes em serviços de saúde e educação; ela precisa ser também cultural, com mais empatia e aceitação das diferenças.
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