Na noite desta terça-feira (18), o Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv) se reuniu em assembleia para discutir as propostas do Executivo Caxiense em relação às reivindicações da categoria, apresentadas na campanha salarial de 2025. As propostas da administração municipal não agradaram a categoria, sendo consideradas insuficientes, apresentando respostas para três dos 46 pontos levantados pelos servidores, que abrangem a valorização salarial, condições de trabalho e a revisão da Lei 409/2012.
A proposta do Executivo incluiu melhorias pontuais, como a concessão de direitos ao IPAM (Instituto de Previdência e Assistência Municipal) para servidores em licença, além de mudanças no processo de estágio probatório e a organização escalonada das licenças-prêmio. No entanto, as principais demandas da categoria, o reajuste salarial de 5,5% e a implementação de uma nova lei que acabe com as distorções criadas pela da Lei 409, não obtiveram avanço.
A presidente do Sindiserv, Silvana Piroli, manifestou o descontentamento da categoria com a resposta da administração. Segundo Silvana, a proposta salarial do Executivo limitou-se a um pequeno aumento no auxílio alimentação, no valor de R$ 73,00, o que foi considerado insuficiente pelos servidores.
A revisão da Lei 409/2012, visa corrigir distorções salariais e garantir melhores condições de trabalho aos servidores. Diante do não encaminhamento para apreciação na Câmara de Vereadores, o que gerou frustração entre os servidores, a assembleia deliberou por intensificar a mobilização. Ainda nesta quarta-feira, o sindicato entregará ao Executivo um conjunto de ações que possibilitam o corte de gastos da máquina pública e a implantação da Lei 409, como explica Silvana.
A categoria fará uma série de ações, iniciando pelo projeto de doação de sangue em solidariedade à causa da Lei 409, programado para quinta-feira (20). Também foi agendado um ato público para o dia 23 de abril, em frente à Prefeitura, com a expectativa de que até a data, o Executivo apresente uma solução para as demandas da classe.
A mobilização foca não apenas no reajuste salarial de 5,5% para os servidores ativos, como também na redução de cargos comissionados. Conforme a presidente, o Sindiserv aposta na organização dos servidores e na luta constante para avançar nas negociações, na esperança de que o Executivo cumpra com os compromissos assumidos nas eleições passadas, especialmente em relação à valorização dos trabalhadores públicos.