No último mês, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que proíbe o uso de celulares e outros aparelhos eletrônicos portáteis por alunos da educação básica em escolas públicas e privadas em todo o Brasil. O objetivo da medida é proteger os estudantes de possíveis abusos e danos causados pelo uso excessivo de tecnologia na infância.
Segundo estudo recente realizado pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, 86% dos brasileiros é favorável a algum tipo de restrição ao uso de celular nas escolas. Dentro desse total, 54% defendem a proibição total dos aparelhos, enquanto 32% acreditam que a melhor alternativa é a liberação apenas para atividades pedagógicas, com autorização prévia do professor. O relator do projeto, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), comenta sobre as mudanças que a medida pode trazer as crianças.
Ainda de acordo com o levantamento, somente 14% da população do país são contrários às medidas debatidas no Congresso Nacional. Os entrevistados com idade entre 16 e 24 anos são os que mais apoiam, em algum nível, a proibição. No entanto, 43% da população defende que a utilização parcial dos celulares nas salas de aula é uma alternativa viável. Diego Garcia acredita que a restrição do uso dos aparelhos levaria a um aumento da socialização entre os estudantes.
O projeto de lei prevê ainda que as escolas adotem medidas de prevenção e apoio à saúde mental dos estudantes. As instituições de ensino deverão abordar o sofrimento psíquico, especialmente aquele relacionado ao uso excessivo de tecnologia, e oferecer espaços de escuta e acolhimento para alunos e funcionários.