Em alusão ao Dia Internacional para a Redução de Desastres Naturais, celebrado nesta segunda-feira, dia 13 de outubro, a urbanista e arquiteta Sílvia Nunes reforça a importância de estratégias urbanas que utilizem a natureza como aliada na prevenção de impactos climáticos. Entre as soluções em destaque estão os jardins de chuva, também conhecidos como jardins drenantes, que vêm sendo aplicados em diferentes cidades como alternativa sustentável para o manejo das águas pluviais.
Segundo a urbanista e arquiteta, os jardins de chuva funcionam como filtros naturais, captando, absorvendo e filtrando a água da chuva. A técnica contribui para reduzir enchentes e alagamentos em áreas urbanas impermeabilizadas, além de estimular a biodiversidade e melhorar o conforto térmico. “São espaços que unem estética, funcionalidade e sustentabilidade, tornando as cidades mais resilientes e agradáveis para se viver”, observa à profissional.
Inspirados no urbanismo sanitarista do século XIX e alinhados aos conceitos de infraestrutura verde defendidos pela União Europeia, esses espaços reforçam a importância do planejamento urbano integrado. Para garantir a eficiência dos jardins drenantes, Sílvia ressalta a necessidade de projetos técnicos bem estruturados, com uso de materiais sustentáveis, como pisos permeáveis e soluções biodegradáveis.
A urbanista também destaca o papel da educação ambiental na disseminação dessas práticas. “Quando a população entende como esses sistemas funcionam, torna-se parceira na conservação e manutenção dos espaços, o que potencializa seus benefícios”, completa.
A profissional acredita que as iniciativas, além de favorecerem o equilíbrio ambiental, representam um avanço no fortalecimento da resiliência urbana, contribuindo para cidades mais seguras, saudáveis e preparadas para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas.