As exportações da indústria de transformação do Rio Grande do Sul para os Estados Unidos sofreram uma queda acentuada de 51,1%, representando uma diminuição de -US$ 86,8 milhões em setembro, totalizando US$ 83,2 milhões em receita. Este foi o segundo mês em que as tarifas de até 50% impostas pelo governo americano sobre produtos brasileiros estiveram em vigor. Entretanto, ao considerar todos os destinos, houve um crescimento de 4,6% nas exportações da indústria de transformação no mesmo período, alcançando US$ 1,6 bilhão, influenciado pelo acréscimo de dois dias úteis no calendário. As informações foram divulgadas pelo Sistema FIERGS na quinta-feira (09).
O levantamento indica que a significativa redução nos embarques para os EUA foi impulsionada principalmente pela diminuição do volume exportado, que caiu 53,8%. Além disso, os preços de venda reduziram-se em 3,7%. Esse movimento teve um caráter generalizado: 128 dos 168 setores que tradicionalmente exportam para os Estados Unidos registraram queda na receita, totalizando 76% do total.
Em entrevista à Rádio Caxias, Claudio Bier, presidente do Sistema FIERGS, enfatizou a urgência de reverter esse cenário para as indústrias gaúchas e expressou esperança com a recente abertura de negociações entre os dois países.
De acordo com a análise da Unidade de Estudos Econômicos do Sistema FIERGS, o processamento industrial do tabaco foi o setor que mais impactou negativamente os embarques para os EUA, com uma queda de 25,3 pontos percentuais e um recuo de 94,1% (US$ 43,1 milhões). No acumulado do ano, as vendas desse setor para os Estados Unidos registraram uma diminuição de 1,7%, revertendo o crescimento observado até o segundo trimestre.
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